jackie's

TESSULTI

Como pode, uma releitura de Valentino e dos livros dos balés russos, ser inovadora

Pois pode, queridos.

Foi o que se viu na Tessuti, quase um total black, de vestidos femininos,

decotados, com laços decorando as cinturas, comprimentos curtos pouco acima dos joelhos, casacos tipo caban, mais clássicos e já vistos impossível.

Daí que a Fafá Cosenza apresenta seus modelos criados para

mulheres corajosas e fortes, que acreditam na feminilidade antiga.

E veste os grandes clássicos sobre segundas-peles, bodies e luvas pretas,

o que dá um encanto inovador aos looks.

Claro que quem quiser vestir seu tomara-que-caia sobre a pele, vá em frente.É bom ver uma releitura assim,

ainda por cima, muito bem-feita, impecável de cortes e costuras

Melhor ainda.

Vamos combinar: a gente pensa que são peças clássicas, já vistas.

Mas quem tem hoje em dia uma saia de renda chantilly preta, curta na medida certa?

Ou um jumper preto, com rosa de tecido na cintura?

Na parte final, brotam rosas vermelhas em saias de gazar,

tomaras-que-caia mais para o conceitual do que para a vida real

e as modelos formam o belo quadro vivo na boca-de-cena.

(por Ieza Rodrigues : site terra)

Eu adorei...achei um luxo!!!

Me lembrou a Victoria Beckham.

MARIA BONITA EXTRA

Não tem jeito: o inverno será elegante, quase clássico.

Até a Maria Bonita Extra confirma esta onda chique, meio antiguinha.

Com a justificativa de ser um estilo de realeza e rock'n'roll, a estilista Ana Magalhães

mostrou um irresistível conjunto jovem, mas cheio de detalhes que remontam a livros de indumentária nobre.

Por exemplo, o rufo, adereço de gola dos reis europeus,

pode ser a base das golas dos vestidinhos de seda estampada.

Ou o spencer, um traje de princesas em ocasiões oficiais

que volta depois de esquecido nos anos 80.

Há indícios de sobriedade até no cenário, que Alberto Renault

desenhou apenas como uma passarela e cortinas vermelhas ao fundo,

em vez das complicações de sobe-e-desce de outras edições.

É uma sobriedade coerente com o inverno, com babados de um lado só do decote,

vestidos em cinza-nuvem, com fita de veludo preto.

Tanto o o volume balonê como o laço não saem de moda,

a Extra é formadora de opinião e aconselha o uso de laço na barra das saias,

dando um movimento megafeminino.

Tem algumas saias e vestidos abalonados,

não comprometem nem parecem passados.

Há quem já tenha enjoado um pouco.

Neste caso, não compre nem use, oras.

No mais, são estampas e cintilantes broches de coração,

chapéus de feltro e sapatos altos tipo oxford,

assinados por Andréa Müller, e um pregueado-dobradura nas mangas,

movimento novo na estação.

(por Ieza Rodrigues : site terra)

Não amo corações.

Mas não há duvida que eles são um tendência.

Vesace apostou neles e Marc Jocob também.

Adorei os vestidos.

CAVENDISH

Em cinzas e pretos, veludos e tecidos de alfaiataria.

Não, vocês não estão relendo um texto velho, nem eu me enganei na postagem:

a Carla Cavendish seguiu o caminho geral desta semana.

Estamos em plena temporada de tradições e contradições,

de opostos e renovações de conceitos.
Interessante que cada grife tem sua forma de interpretar esta tendência,

e a Cavendish enveredou pela alfaiataria de pantalonas e spencers,

embelezados por bordados florais prateados,

pelos veludos de seda em preto ou roxo, em calças e vestidos longos, de alcinhas.

Os macacões são os mais bonitos da semana, porque trocam o

estilo mecânico ou cargo pelo glamour dos decotes pregueados e o corte mais certo no corpo.

O grande diferencial é o contraste ou transgressão cometida em relação...às bermudas!

Na Cavendish, elas podem ser classificadas quase como art-decô,

tal a beleza dos bordados em canutilhos e miçangas pretas sobre

o delicado veludo de seda preto.

É uma das peças ícones do Fashion Rio, esta bermuda.

(por Ieza Rodrigues : site terra)

(clique na foto para ver em tamanho original)
Fotos: Reprodução